segunda-feira

.

"O cartaz do filme Hunger ( Fome, de Steve McQueen, ) faz-se com a magreza do corpo de Bobby Sands, aliás, com a superfície serena de uma pele que recobre um corpo magro, martirizado, denunciando o contorno dos ossos e a iminência da morte. Bobby Sands foi um dos militantes presos do IRA que, na Grã-Bretanha de Margaret Thatcher, fez greve da fome para reivindicar o estatuto de prisioneiro político. O filme — premiado com a Câmara de Ouro (melhor primeira obra) de Cannes 2008 — refaz o calvário de Sands num registo que devolve ao cinema britânico o melhor da sua tradição realista e também a sua radical dimensão política. Michael Fassbender é absolutamente comovente na composição da personagem de Sands. Dirigido pelo artista multifacetado que é Steve McQueen — vencedor, em 1999, do Turner Prize —, Fome é um filme precioso, urgente, humanista até ao limite mais doloroso, porventura mais contraditório, de defesa da dignidade do ser humano. Seria uma pena que a voracidade do marketing natalício diminuísse a importância da sua estreia" (in Sound+Vision).


Subscrevo, e por isso, aqui vai o trailler: http://br.youtube.com/watch?v=dmVPCX0LxN8
.
... e alguns outros apontamentos :
.
e ainda ...
..
Weeping Winds
.
Oh! Cold March winds your cruel laments
Are hard on prisoners' hearts,
For you bring my mother's pleading cries
From whom I have to part.
I hear her weeping lonely sobs
Her sorrows sweep me by,
And in the dark of prison cell
A tear has warmed my eye.
.
Oh! Whistling winds why do you weep
When roaming free you are,
Oh! Lonely winds that walk the night
To haunt the sinner's soul
Pray pity me a wretched lad
Who never will grow old.
Pray pity those who lie in pain
The bondsman and the slave,
And whisper sweet the breath of God
Upon my humble grave.
.
Oh! Cold March winds that pierce the dark
You cry in aged tones
For souls of folk you've brought to God
But still you bear the moans.
Oh! Weeping wind this lonely night
My mother's heart is sore,
Oh! Lord of all breathe freedom's breath
That she may weep no more.
.
(Steve Sands, Poemas da Prisão)

.

Sem comentários: